Uma atitude que salva vidas
Constituída por tecido líquido-gelatinoso e encontrada no interior dos ossos, a medula óssea produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação, os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.

O transplante de medula óssea beneficia pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue como leucemias e linfomas, além de portadores de aplasia medular, entre outras doenças.

Passo a passo para tornar-se doador
O cadastramento de candidatos a doadores de medula óssea é feito pela Fundação Hemominas. Para integrar o cadastro de doadores, é necessário:

• ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas;
• apresentar documento oficial de identidade, com foto;
• preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento;
• colher uma amostra de sangue com 5ml para testes, para fazer o exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Assim como todos os hemocentros públicos brasileiros, a Fundação Hemominas atua apenas na orientação junto aos candidatos sobre os procedimentos para a doação de medula e na coleta das amostras, encaminhando-as aos laboratórios aptos a realizarem esses exames de alta especificidade técnica, cadastrados no Ministério da Saúde. A partir desse momento, os hemocentros não têm mais participação ativa, não recebem os resultados dos exames de Histocompatibilidade (HLA) para determinação do “perfil genético” e não têm acesso ao Cadastro Nacional de Doadores de Medula (Redome).Constantemente, há um cruzamento de dados entre o resultado de HLA do doador cadastrado no Redome e o do paciente, informação que fica armazenada no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é convocado para exames complementares e para realizar a doação propriamente dita. O candidato não receberá o resultado do HLA, pois este tipo de teste somente é importante para verificar a compatibilidade do transplante.